10 de abril de 2008

Amor e medo

O medo como o oposto do amor, uma idéia alternativa à tradicional de que o ódio é o oposto do amor. Faz sentido. No Homem, o amor e a segurança estão muito relacionados. Uma pessoa que nasceu e cresceu com amor é uma pessoa segura de si, com uma identidade bem definida, sem medo de se afirmar ou de ser avaliada. Sabemos que o amor leva as pessoas a não temerem nada, nem sequer a morte. Quem ama verdadeiramente sente que nada a pode afectar, sente uma plenitude tão grande que mesmo que o mundo acabe no dia seguinte já viveu tudo o que poderia desejar nesta vida. O amor amadurece, o medo bloqueia.

O amor liberta, o medo prende. O amor flexibiliza, o medo rigidifica. O amor derrete, o medo congela.

Talvez o medo seja uma consequência da falta de amor que aparece antes do ódio. Talvez o ódio seja uma segunda reacção à falta de amor, que surge como uma estratégia de defesa contra o medo.

Talvez o Inferno seja o reino do medo e não do ódio. De facto, os demónios que falavam nos possuídos pediam a Jesus que os poupasse: mostravam medo e não ódio.

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