19 de abril de 2008

Prazer, Liberdade, Intimidade e Segurança


Outro dia, pus-me a pensar na minha vida, coisa que às vezes faço :) ao ver em retrospectiva o que é que causou isto, aquilo, e antes disso, e antes disso, etc... cheguei à base inicial donde partiram todas as motivações e mudanças para melhor e para pior, todo o motor da evolução e do desenrolar da minha vida. E percebi que depois de nascer e crescer um bocadinho (só o suficiente para poder olhar para a vida e agir nela), desde muito cedo na minha vida, o meu objectivo - mais inconsciente do que consciente - se resume a isto: viver uma relação de prazer com a vida em liberdade, com segurança, e em intimidade com outros. E ao pensar nisso, pareceu-me que esse objectivo primordial não era só meu, mas é o de toda a gente... que fazemos todos nós senão tentar viver o que a vida tem de bom sem restrições à nossa liberdade, livres de perigos, e ligados a pessoas importantes para nós?

Pode-se perguntar: "E o que é exactamente que a vida tem de bom?" Bem, a isso respondo que a vida é naturalmente boa. Dá naturalmente prazer às pessoas tocarem, sentirem, descobrirem, saborearem, explorarem, tudo o que existe... porque a vida em si dá prazer. A falta de prazer não vem daquilo que a vida tem, mas vem da falta de acesso àquilo que a vida tem para oferecer. A felicidade é a ausência de razões para estar infeliz, e não o contrário. Não é preciso razões para se estar feliz, o viver é a única razão, mais do que suficiente. E todos os problemas começam quando deixamos de poder viver em paz o prazer que a vida dá naturalmente, perdendo liberdade, segurança, ou intimidade com os outros.

E tem lógica: na Bíblia, está escrito que Deus, quando criou as coisas que existem, sucessivamente, ía dizendo que "tudo era bom". Ou seja, por outras palavras, a vida dá naturalmente prazer, se tivermos acesso a tudo o que ela tem com liberdade, segurança e em intimidade com aqueles que a partilham connosco.

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