31 de agosto de 2007

Choque nº 1: a pequena Maddie desaparece.

Choque nº 2: torna-se um fenómeno de audiências com a consequente exploração pela comunicação social.

Choque nº 3: os pais de Maddie exploram a comunicação social para mobilizar o processo de investigação, gerando uma relação estranha entre ambas as partes.

Choque nº 4: aparecem rumores de que a pequena Maddie pode não ter sido raptada, mas morta, talvez até por pessoas dentro do círculo de amigos dos pais.

Choque nº 5: de repente a pequena Maddie deixa de ser notícia de primeira página, parecendo que o caso estagnou, diluíndo-se no meio de outras notícias, agora mais importantes.

Choque nº 6: ao fim e ao cabo, sobre o que aconteceu à pequena Maddie, ainda não se sabe nada.

30 de agosto de 2007

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.......Queria passar
..............................a dureza do ar
.......................................................que te afasta de mim
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Queria poder
.....-..........................................apertar-te e perder-me
................levantar a distância
............................................. ......................na tua segurança
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............Mil mares
...............................de penas e sonhos
..............................................................levaram-me a ti
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-........................................................nasci
.......Agora que te vi,
......................................só agora,
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...........E morro de saudades
....................................................de tempos que não vivi
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.................................................prazer agoniante
....Contradição maliciosa
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...............Leva contigo
...........................................o sorriso deslumbrante
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...................................o olhar penetrante
.....Leva contigo
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............Leva contigo
....................................o cabelo a dançar
......................................................................na tua pele
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....Tem piedade de mim,
............................................sou vida ainda
.........................................................................mas que já morreu
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.........Se tens que ir embora
....................................................deixa ficar um beijo teu
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Mais uma

A vida real muitas vezes faz lembrar os filmes, e isso é giro :) também adoro este tipo de notícias:

"Adolescente troca iPhone por carro"

"George Hotz, de 17 anos, ganhou um carro Nissan 350Z e três iPhones com 8 gigabytes de capacidade em troca de seu iPhone destravado. O adolescente americano conseguiu fazer com que o celular da Apple funcionasse com qualquer operadora. O equipamento, que só foi lançado nos Estados Unidos, vem preparado para funcionar somente com a AT&T."

"Ele dedicou 500 horas de trabalho para fazer o celular funcionar com outras operadoras. Terry Daidone, co-fundador da CertiCell, prometeu também um trabalho de consultoria ao adolescente."

(aqui)

28 de agosto de 2007

O maior diamante do mundo


Encontrado o maior diamante do mundo - 1,5kgs, o dobro do anterior maior diamante do mundo

adoro estas notícias =)

(aqui)

Homenagem aos cães


Acho que já disse aqui e volto a dizer: nós somos animais. Irrita-me imenso a fronteira que a Humanidade resolveu convencer-se que existe entre si e os animais. Na minha opinião não há uma fronteira, mas sim alguma distância. E mesmo essa distância limita-se a alguns domínios, porque noutros quem está à frente é a Natureza.

De qualquer maneira: o animal que me espanta mais é o meu cão, por várias razões: por exemplo, ele conhece-me melhor em algumas situações do que eu próprio. Esta até talvez seja porque tem consequências para ele, mas é incrível como ele não se aproxima de mim quando eu estou capaz de lhe dar uma sapatada. Quando faz uma asneira, juro que ele sabe muito melhor do que eu quando é que fico só irritado, ou irritado ao ponto de lhe bater. E avalia isso tão bem, que realmente raramente lhe bato, porque quando se deixa apanhar é porque já não estou capaz de lhe bater. Enfim, pormenores como este são às dezenas, quando se vive com um cão.

Ouvi dizer que a afectividade de um cão tem a mesma complexidade da de um bébé de 2 anos, o que é imenso. Ao estudar psicologia e ao observar o meu cão, estou convencido de que há alguns pontos em comum, por mais pequenos que sejam, na psicologia humana e na psicologia canina. O meu cão tem necessidades afectivas: ele tem saudades, ele amua, ele exige afecto, ele tem depressões, etc. Ele absorve e é afectado pelo clima emocional da casa.

Eu sei que um cão não é uma pessoa, mas também sei que não é "nada". É um ser que está connosco nesta aventura de descoberta que é a Vida, embora talvez num estádio mais primitivo. E, embora menos racional que o Homem, é sem dúvida um animal relacional, com o qual se podem estabelecer relações afectivas que têm muitos pontos em comum com as relações humanas. A distância que nos separa é tão grande quanto a distância que existe entre duas espécies animais, mas entre estas duas espécies construíu-se uma ponte muito curiosa. Depois de milhares de anos de relação, nós humanos já estamos previstos nos genes dos cães com uma função importante, e acho que vice-versa também.

Para acabar, um facto que enaltece a nobreza do cão: é o único animal doméstico que, ao longo da evolução, se aproximou do Homem não em termos de caçador-caçado, mas por uma associação natural entre dois seres que partilhavam as mesmas presas e os mesmos terrenos de caça. Pouco a pouco o cão foi-se aproximando dos nómadas primitivos, eventualmente desenvolvendo uma função importante na caça, e recebendo no fim o seu quinhão. Eventualmente, na noite dos tempos, o cão aqueceu o Homem e o Homem passou-lhe a mão na cabeça, tornando-se os melhores amigos.

água... quero água... as minhas guelras estão a secar... socorro!!

27 de agosto de 2007

Agosto no Porto...


...alguns minutos antes duma trovoada. Adoro aquele cheirinho a terra molhada depois duma chuvada no Verão...

Se este post parece estar carregado dum tom melancólico... é porque estou cá e não noutro lado. A sugar ao máximo os cheiros que aparecem... :-|

19 de agosto de 2007


Quando é que nós, cristãos, e nós, católicos, vamos perceber que em Deus não há fronteiras? Quando é que nós, que gostamos mais dos Jesuítas, ou mais dos Opus Dei, ou Verbum Dei, etc., vamos perceber que em Deus não há rótulos nem leis? Só há quem O acolhe mais e quem O acolhe menos. Só há quem O conhece melhor e quem O conhece pior.

A única lei no caminho para Deus é que Ele não se pode negar a Si mesmo: não pode deixar de ser Amor, não pode deixar de ser humilde, não pode deixar de respeitar a liberdade de cada um, etc, etc.

Se queremos encontrar a Deus, só precisamos de aprender a estar com Ele. Aprender com alguém que O conheça melhor, senti-lO no coração, lêr sobre Ele na Bíblia. Mas sem nunca nos esquecermos de duas coisas: primeiro, ninguém nos pode ensinar tudo sobre o caminho: temos que aprender a reconhecê-lo ora aqui ora ali, sem nos determos numa única pessoa ou num único tipo de espiritualidade.

Segundo, apesar do caminho ser diferente para cada pessoa (porque Deus tem uma relação pessoal e única com cada pessoa), há traços gerais que são comuns a toda a gente, porque Deus é sempre O mesmo, e é por isso que podemos aprender esse caminho através de outros que o tenham percorrido.

Acredito que um dia os cristãos (com todas as Igrejas cristãs juntas), voltarão a viver o que está descrito no Novo Testamento: os cristãos viviam com um só coração. Sonho com esse dia, sabendo que só assim é que esta fé tem sentido.

Em busca da felicidade

Hoje vi ao ar livre o filme "Em Busca da Felicidade", com o Will Smith e o filho, que é um castiço.

É uma história que diz respeito a toda a gente. Todos temos épocas difíceis, em que as coisas estão descontroladas, os nossos planos falham, as pessoas à nossa volta falham ou andam descontroladas também, e é difícil saber onde está o norte, o bom senso, a atitude correcta. O nosso auto-conceito treme, o ânimo também, os limites da resistência e da paciência testam-se.

Nessas alturas, só em nós podemos encontrar o sentido e a força para continuar. As nossas ideias e atitudes parecem loucas aos olhos dos outros, que querem encaixar-nos nos esquemas que lhes são familiares, esquemas que muitas vezes nos reservam um papel no qual não somos nós próprios. E se deixarmos, acabaremos por resignarmo-nos.

A mensagem do filme é esta: não desistirmos. Mantermo-nos sãos e íntegros pelos nossos próprios critérios, e persistir. No fim, acabará por melhorar, e se não melhorar, teremos o consolo de termos permanecido íntegros e fiéis a nós próprios.

(aqui)

14 de agosto de 2007

Vai um surfzinho?


"Havaí decreta estado de emergência por chegada de furacão
Tempestade Flossie passará a cerca de 140 km da maior ilha do arquipélago com ventos de até 223 km/h"

(aqui)

11 de agosto de 2007

Olá estrela ;)

Outro dia vi num documentário que o facto de existir ferro no nosso planeta e, mais interessante, no nosso corpo, indica que a matéria de que somos feitos vem de uma estrela, uma vez que o ferro é criado nas altas temperaturas e reacções químicas das estrelas que explodem...

Somos feitos de estrelas :)

Agosto no Porto...

9 de agosto de 2007


Era uma vez no Porto um chá que melhorava o raciocínio e gente que não gostava de raciocinar :)

8 de agosto de 2007

Mais reflexões

Hoje pus-me a pensar que, para que duas pessoas estejam apaixonadas, não basta aquilo que cada uma é, mas é muito importante aquilo que acontece entre elas, a teia de acontecimentos que se gera. Se calhar o Romeu e a Julieta não se teriam apaixonado se os acontecimentos que rodearam a sua história tivessem sido outros. Uma amiga minha diz que tem que haver qualquer coisa de inesperado, tipo encontrarem-se por coincidência duas vezes ou mais, como se houvesse uma espécie de aprovação por parte do acaso.

Não controlamos as coisas, não podemos dizer "vou-me apaixonar por aquela pessoa naquele momento", só podemos saber reconhecer a pessoa e o momento e atirarmo-nos de cabeça quando os sentirmos. Isto faz pensar que as coisas já existem em potência dentro de nós, e que são despoletadas pelas condições exteriores certas. É engraçado, há condições exteriores que puxam por nós e por aquilo que nós somos mais profundamente, e que nessas situações vem ao de cima (agora já não estou a falar só de paixões). Neste sentido, a manifestação de quem nós somos está dependente de condições exteriores específicas que façam emergir as nossas reacções mais verdadeiras.

Por outro lado, nós também influenciamos as condições exteriores com as nossas reacções, numa relação recíproca de influências (isto também vem na linha da última reflexão). Muitos de nós temos gritos interiores a quererem saír, emoções e sentimentos relativos a coisas específicas que não saem por não se ter gerado a situação certa que despoletaria essa exteriorização. Um exemplo típico disso, infelizmente pela negativa, é quando percebemos que gostamos de alguém e que queríamos tê-lo dito, depois da pessoa ter desaparecido da nossa vida. O grito "gosto de ti" estava lá dentro, mas a situação que proporcionou a emergência desse grito veio tarde demais.

Tudo isto está relacionado com a discrepância ou não que pode haver entre o nosso interior (a nossa identidade) e o que se passa ao nível da acção, das experiências que vivemos todos os dias. Acho que o ideal é que não haja essa discrepância, e que a nossa identidade esteja totalmente representada nas nossas experiências. Que aquilo que nós somos em potência se manifeste na realidade. Para isto, é preciso implicarmo-nos nas nossas acções, reagirmos sempre do fundo do nosso coração, encontrarmos a seriedade dentro de nós, aquilo que nos importa, e reagir sempre aos acontecimentos com as atitudes que mais nos representam.

Certas pessoas, em certas épocas, vivem vidas em que esta relação recíproca entre as coisas que lhes acontecem e as reacções que têm perante os acontecimentos é tão afinada, tão autêntica, tão exteriorizada, que atingem um estado extremo de definição da sua identidade, de tal maneira que não se imagina que fosse possível terem sido diferentes do que foram, ou de terem tido outra vida. É realizante para o Homem concretizar através de reacções reais aquilo que sente por dentro, e que muitas vezes nem percebe que o sente.

Afinar a nossa relação com a vida, procurando estar nas situações que nos dizem realmente respeito, e reagindo com aquilo que somos realmente, é muito importante. Voltando ao tema das paixões, acho que quem vive assim reconhece mais facilmente a pessoa e o momento certo e tem menos desilusões.

3 de agosto de 2007

Há músicas que não consigo ouvir só uma vez. Fisherman´s Blues é uma delas.

2 de agosto de 2007

Reflexões

Uma vez ouvi dizer que alguém disse: "dêem-me um ponto de apoio e levantarei a Terra", ou coisa parecida. Também se poderia dizer: "dêem-me uma perspectiva neutra e verei a verdade". Mas deve ser mesmo muito difícil a um homem conseguir ter uma perspectiva neutra. Nós estamos, muito mais do que pensamos, inseridos em perspectivas anteriores a nós, nas quais nos vamos encaixando, e que não são perspectivas neutras nem livres. Pensamos que agimos sempre segundo o nosso livre arbítrio, mas muitas das nossas motivações têm raízes biológicas comuns a toda a espécie humana, e com uma lógica ligada à sobrevivência. Nós somos animais...

Mas é engraçado como nada disto é um impedimento para a convicção de que, apesar de sermos animais com dificuldade em ver e em escolher para além da nossa animalidade, somos seres a caminho. Donde vimos? Da animalidade. Mas para onde vamos?

Para responder a essa pergunta é preciso ter acesso à tal perspectiva neutra, a verdade. Mas acho que, mesmo sem saber que verdade é essa, pode-se dizer que caminhamos da animalidade para a verdade.

Mas o que é a verdade? O que é a existência? Se fossemos capazes de ver a tal perspectiva neutra, livre de qualquer tipo de influência, o que veríamos na existência? Um grande vazio? Ou a plenitude total? Há quem diga que quanto mais inteligente se é, mais infeliz. Esses são os que estão do lado "verdade como um grande vazio". Mas se a verdade for a plenitude total, então quanto mais inteligente, mais feliz se é, uma vez que se está mais perto da verdade. Será assim?

Já pensei que seria assim. Mas em várias das áreas do conhecimento humano, a tendência actual é a de que não se pode compreender a realidade se não analisarmos a interacção complexa entre os vários elementos que se relacionam entre si. Ou seja, existir é estar em relação com o resto das coisas que existem.

Por isso, se existir é estar em relação, então a verdade provavelmente será também uma relação e não uma ideia estática. E, sendo assim, o melhor método para se chegar à verdade será também uma relação e não um método abstracto como a inteligência. Ou seja, já não me parece que esteja na inteligência a capacidade de se chegar à verdade, mas sim na interacção com o mundo: na relação com as outras coisas que existem.

Está bem, então a verdade é uma relação, e encontramo-la relacionando-nos. Mas indo mais longe, podemos perguntar-nos: que tipo de relação é a verdade? Em qualquer relação, quando uma coisa se encontra com outra, a interacção com a outra coisa pode provocar dois tipos de reacção: atracção ou repulsa. Partindo do princípio de que a relação ideal entre duas coisas é aquela que provoca uma atracção mútua, pode-se dizer que a relação ideal é o amor.

Chegamos então à conclusão de que a existência é uma relação, e de que, sendo a relação perfeita uma relação de amor, a verdade é o amor. E quem está mais perto da verdade? Acho que não é aquele que é mais inteligente, mas sim aquele que mais ama.

Finalmente, se se acreditar, como eu acredito, que não existe amor sem perdão, e que nem um nem outro existem sem humildade, compreende-se facilmente a ideia tão difundida pelo Evangelho, de que Deus (o Amor, a Verdade) se revela aos pequeninos e se esconde aos sábios e inteligentes. Por outras palavras, é uma indicação de qual a maneira certa de se chegar à Verdade.

1 de agosto de 2007

Férias

Ver coisas novas, cheiros diferentes, paisagens grandes... alimento para a alma. Remeter, ainda que por breves instantes, para um tempo remoto em que o Homem nómada prescrutava a terra em busca de vida, encontrando-a mais no caminho do que na meta. Trocar gestos e sorrisos com pessoas que nunca mais veremos, numa atracção recíproca pela diferença de culturas. Respirar fundo.

Jazzaldia 2007 (Festival de Jazz de San Sebastian)

Fantástico!