19 de dezembro de 2007

Tempestade

Tempestade lá fora e tempestade cá dentro. De mim. Há dias que parece que o peito não me chega. E se depois me ponho acordado até às tantas, o dia seguinte é uma merda. E vou por aí fora até fazer alguma asneira cujo arrependimento me devolva a calma. Pareço um cão. Mas também não queria ser doutra maneira, gosto de cães. Resolvem os assuntos na hora, e sabem lamber as feridas. Têm amor-próprio e não são complicados. Mas há dias assim. Apetecia-me estar aí. No fundo és tu a minha tempestade. E bem mais bonita que a de lá de fora, que já é bem bonita. Mas essa está aqui, tu não. E é não estares a minha tempestade, pois quando te vejo sou lua cheia. Talvez se não fosse te visse mais. És cadela que precisa de lutar pela carne. Corações estranhos os nossos... não sabem descansar um no outro. Talvez seja melhor assim. Resta-me a escrita. Graças a Deus pela capacidade simbólica.

1 comentário:

n disse...

gostei. foi mais rápido, mais espontâneo. mais à cão, eheh.

abraço uouf