8 de março de 2008

Domingos, o canário

Pois é. Esta semana trouxeram para cá um canário chamado Domingos. Uma pequena criatura elegante, duma cor amarelada linda, e com uns olhinhos pequenos pretos e redondos. Filho de campeões de canto, um verdadeiro príncipe da sua espécie. Eu não dava muito pela sua vinda. Mas não é que há qualquer coisa nele que passa através de todas as grades? As da sua gaiola, as do meu coração, e as outras que mais houver. Não sei descrever bem o que é. Um misto de inocência, de esperança, de beleza. Vida, fragilidade, frescura. O rapaz tocou-me. Juro que até o cão ficou com ciúmes. E ainda mais me toca a tristeza de o ver sozinho enfiado dentro dumas grades. Será possível que o maior traço dos humanos seja meter as coisas atrás das grades? Se ele ainda pudesse aprender a sobreviver em liberdade, soltava-o. Por enquanto, vou apreciar a sua companhia e o seu canto, que começa a aparecer à medida que se adapta ao seu novo ambiente. Parece que o rapaz gosta de ouvir música para cantar.

Domingos o canário, o meu novo amiguinho. Pobre canário... ou pobres humanos.

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